terça-feira, 7 de agosto de 2007

Dança

Encontro comigo e me vejo na ânsia de um novo amor. Pode ser novo ainda por você que já faz parte do meu caminho. O novo por questão de novas possibilidades, no nosso entre já não cabe mais olhares, mais desejos sem atos, mais afetos devastadores que me movimentam de maneira impulsiva e desgovernada. Chega! Nesse momento que se torna presente essa escrita o desejo é outro, quero toques, não mais olhares, quero boca na boca, entrelaçar de pernas, orgasmo... muito orgasmo.

Querida fique calma, não cabe mais platonismo, não existe mais o acreditar no pra sempre de nós duas. Permito-me a entrega ao físico, ao momento, ao apenas o tesão, a movimentos cabíveis na nossa relação. Não pense que depois de frases, palavras e sua gramática que produzem efeitos para serem entendidas de maneira individual sem o mínimo esforço seu para se fazer entender, que a pessoa aqui não vai ter no mínimo a vontade de te levar pra cama com toda a certeza da sua provocação. Abro mão dessa dança do acasalamento, desejo o ato e os afetos dessa ação. E meu bem, se prefere ficar na dança só por dançar, o desejo de ser seu par se esvai, pois danço com movimentos livres que me fazem esbarrar no mundo, permitindo encontros, me fazendo processo, indo vindo, direita esquerda, frente trás, boca nuca mãos seios pernas dedos línguas vaginas.

Não há despedida hoje, apenas a criação de um novo encontro com você e comigo.

Um comentário:

Pitty que Pariu disse...

Nossa

Acho que me excitei com tamanha audácia verborrágica!
Ponto alto: dança do acasalamento! (só me fez lembrar da família Dinossauro)

Beijo