terça-feira, 31 de julho de 2007

Movente

Mudança é a sensação que habita em meu ser nesses dias de muito frio, com você por perto, mas sem você em mim. Começa um movimento de dentro pra fora, não faço a menor idéia do que vai ser quando chegar no externo, e tenho até medo, que me parece estranho, um medo que me paralisa perante ao outro, ao bom, um medo do que é feliz. A sensação desse medo me apavora pois não quero me perder nessa mudança, quero acompanhá-la até ser visível.
Estou num processo em que não sinto quase nada, ou quase tudo... afetos de uma forma tão mansa no qual me fazem acreditar na ausência deles, por estar acostumada a afetos selvagens.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Subjetividades dos nossos mundos.

Ainda não digeri o que você me disse ontem, mas fico aliviada, e nem sei se a palavra para o que sinto é alívio, por saber o quanto se importa e se interessa por mim e pelo meu mundo. Me dá a sensação de que não preciso mais fazer esforço pra ter um lugar nessa relação, é, e realmente a palavra é alívio, pois pela primeira vez sinto a nossa relação fluindo, tendo em seu movimento uma leveza que me traz leveza pra deixar acontecer e não ficar na obsessão de fazer acontecer.
Da sua parte, palavras ditas em momentos certos, o caminho da fuga estava se aproximando mais e mais, e da minha parte não existia resistência para tal caminho. Ver a tua doçura me apavora, mas a sensação que fica é maravilhosa, a de saber o quanto podemos modular afetos e não ter a aparência fixa de posturas, mesmo estando com explosões de sentimentos por dentro.
Mais uma vez gosto da leveza que me dá nesses traços brutos em que carrego, e percebendo que a calmaria não é tão ruim quanto me parecia ser.
Uma mistura de mundos de subjetividades está acontecendo e pra você, pela primeira vez abro as portas do meu, onde vou tentar fazer pipocar a maior sinceridade que existe em mim, a sinceridade do impulso. Palavras ditas após muito pensar, para parecer ter sentido pra você não gostaria que existissem mais, sinto o prazer e a confiança para te mostrar o quanto meu mundo as vezes não tem palavras para tradução, mas sim sentimentos que explicam tudo.
Só o que me resta a dizer: Seja bem vinda!

terça-feira, 24 de julho de 2007

Saudade

Hoje me restou apenas a saudade, essa que traz as lembranças em tudo que olho e te sinto aqui. Não sei nem uma notícia de você, se está bem, triste, com cólica, com muita alegria, com vontade de gritar, de sumir, de sair correndo... É estranho sentir saudade de você agora, nessa altura do campeonato, como todo mundo diz, mas tento me convencer mais uma vez que afetos não são controláveis, então o que sobra pra mim é sentir e tentar fazer disso uma sensação gostosa, tentar pegar dessas lembranças que aparecem como fleshback, o melhor delas. Me agarrar a lembrança da nossa viagem à maromba e voar até lá, sentir como tudo foi gostoso e tranquilo, coisa que logo depois dessa viagem esquecemos do que era, tranquilidade saiu do nosso vocabulário de relacionamento e foi tudo chegando perto do fim. Não consigo ficar só com as lembrança boas, as ruins me assaltam também, não há como evitar! mas não vou ficar aqui descrevendo a nossa relação. Quero falar do quanto eu estranho sentir saudade sua, nem sei mais quem você é, então talvez eu sinta saudade do que você foi? Ao mesmo tempo que dói ter certas lembranças do nosso relacionamento, alguma parte minha acho produtivo, ter consciência dos erros, acertos, dores e alegrias me deixam viva, consciência essa entendida como memória; já que nesses últimos dias não estou sensível a afetos novos, então que me restem ao menos as lembranças com suas lindas e amargas recordações... No momento estou meio a la cazuza "raspas e restos me interessam..." nem que sejam das saudades.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Comigo

Sentir que tudo está calmo, que não há avalanches, emoções fortes, adrenalinas me assusta um pouco, fica a sensação de que tudo está vazio, tudo está chato, morno e sem cor. Sou sim uma pessoa de emoções fortes, algo que faça chacoalhar as idéias, que me coloque pra mover.
Ando sozinha pra ver se descubro algo de interessante em mim, algo que me alegre, conhecer melhor os sentimentos, mas nada adianta, pois o que eu quero mesmo é um tempo de mim, e um tempo de mim não é um tempo dos outros, talvez seja um tempo com os outros. É, realmente preciso de um tempo com os outros!
Acho que o momento é de rir...

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Vestígios de mim

Por enquanto estou perdida entre o que estou sendo e o que já fui. Não consigo ver direito o primeiro, me sinto estranha ao meu novo sendo. Sinto as vezes que estou sendo cheia de excesso, sabendo que a qualquer momento deixo de ser por esgotamento. Algo está se desconstruindo muito rápido dentro de mim e culpo você por não saber enchergar o material se esvaindo.
Me sinto cobrada por você o tempo todo, quando vem com o seu papo de produção, o que eu quero agora é ficar quieta sentindo o desabamento, esse que você não percebe por estar preocupada sempre em produzir, em estar colocando algo no mundo. No momento não coloco nada em lugar nenhum, algo aocntece comigo e nem sei o que é, uma metamorfose, e mesmo sabendo ainda não vi o que mudou, não consigo ver a diferença, não sei pra onde estão indo os meus movimentos a não ser para sua direção. Estou impregnada de excesso seu, os caminhos que percorro chegam a seus caminhos, alguns esbarrões aqui e ali; talvez esteja procurando uma maneira de esgotar nossa relação, de acabar de uma vez com o que sinto, por isso quero sentir muito o tempo todo, como se fosse algo que eu pudesse controlar. Acabo sempre achando que tenho domínio sobre tudo, ah inocência, sentimentos são fluxos, que não são controláveis!
Voltando a mim, realmente não sei pra onde estou indo e qualquer lugar não serve! Tento sentir meu movimento, mas isso está sendo tão abstrato e cansativo que estou a fim de me distrair, isso, distrair de mim mesma. Mas sei que não é o momento pra distração, é um momento em que preciso de muita atençao comigo, o sonho é um convite atraente e o real é mais um convite para o sonho... não posso ir mais além...

terça-feira, 17 de julho de 2007

Sentido

A sensação do toque dela é suave como a brisa leve que páira no ar do despertar da manhã. Essa sensação só sentida entre os sonhos, nesse mundo onde os desejos tornam-se reais, vem brindar a minha manhã com o sentimento mais puro de satisfação.
Continuo a caminhar...